Tag: produção nacional

  • Vital, o Musical dos Paralamas

    Assistir ao musical Vital foi uma surpresa — no melhor sentido possível

    Preciso começar sendo sincera: musicais biográficos de músicos no geral não me agradam. Cheguei com expectativas baixas, saí encantada. Me surpreendeu em todos os aspectos, e pela primeira vez me vi cantando em um musical.

    Vital tem uma energia única. Entrega algo novo, mostrando novas camadas de uma história que parecia conhecida.

    A narrativa começa no momento em que Herbert Vianna recobra a consciência após o acidente que mudou sua vida. A partir daí, o primeiro ato nos leva por memórias da formação da banda, com uma mistura de alegria, leveza e uma vibração quase contagiante. Fala de amizade, amor e do início de uma carreira construída em conjunto.

    No segundo ato, o tom muda. O foco passa a ser a recuperação de Herbert e como os laços entre os integrantes foram fundamentais para a continuidade da banda. É mais intenso, mais denso. A abordagem é honesta, com foco na reconstrução e na esperança.

    Roteiro é bem construído, canções e texto se encaixam de forma fluída. Um adiciona contexto ao outro, e as canções enriquecem a narrativa.

    Cenário é simples, mas traz algo novo. Composto por duas grandes molduras que criam diferentes níveis de altura e profundidade no palco. A iluminação faz o resto do trabalho, transformando o espaço a cada cena, sem a necessidade de grandes trocas cênicas.

    E sim, tem aquele momento clássico em que convidam o público a cantar junto. Normalmente fico só observando… foi a primeira vez que me senti compelida a me juntar a cantoria.

    Vital traz algo novo, mesmo contando uma história que a gente já achava que conhecia. Uma bela homenagem a altura do legado do Paralamas do Sucesso.

    Entrevista com Elenco

  • Dom Casmurro

    Eu sempre tive um carinho especial por Dom Casmurro. Quando vi que a obra ia virar musical, confesso que fiquei em dúvida. Era uma mistura de medo – aquele receio de que pudessem distorcer uma história tão querida – com a curiosidade de ver como traduziriam a essência do livro em um musical.

    Dom Casmurro, o Musical é o tipo de espetáculo que mostra o que pode acontecer quando artistas talentosos se dedicam a criar algo único.

    O cenário é simples, mas bem pensado: um fundo que parece um papel de parede desgastado (ou uma capa de livro antigo), com cadeiras que dão o tom do ambiente. Mas o que realmente te faz mergulhar na história são o desenho de luz e a direção de movimento. É incrível como essas duas coisas, sem grandes efeitos ou pirotecnia, conseguem construir as cenas com tanta profundidade. A morte de Escobar, em especial, é representada com uma coreografia cheia de significado.

    O roteiro e as músicas acrescentam novas nuances à narrativa, preservando o que há de mais genuíno na obra original.É perceptível o cuidado que tiveram em manter a ambiguidade da obra original. A maneira como os personagens ganham vida é rica e bem construída, tudo feito com respeito à complexidade do romance.

    Quanto ao elenco, todos estão em sintonia. Cada ator entrega seu personagem com autenticidade, fazendo você enxergar as emoções deles de forma clara e envolvente. A mistura de romance, humor e drama flui naturalmente, tornando o espetáculo leve e prazeroso.

    Por último mas não menos importante: Dom Casmurro tem preços muito acessíveis. Não só é uma excelente opção, como também tem um ótimo custo-benefício. Só vai, e me agradece depois!!

    Matéria Sobre a Produção

  • O Palhaço tá Sem Graça

    O Palhaço Tá Sem Graça começa com um violino, o foco se abre, o circo toma forma. Uma movimentação bem coreografada, acrobacias, luzes amarrando uma cena que encanta visualmente.

    A produção tem diversas referências do Balão Mágico. Se você viveu essa fase, provavelmente vai sentir uma conexão afetiva especial — se não, pode ser que alguns detalhes passem batido (que foi o meu caso).

    O palhaço tá sem graça pode soar um título triste,  mas a produção em si não é. O circo funciona mais como metáfora: um espaço para pensar sobre as diferentes versões de nós mesmos. Sobre o quanto realmente conhecemos quem está ao nosso lado.

    É uma dessas histórias que aquece o coração. Aquela comédia de riso fácil que cria conexão instantânea com os protagonistas. Em contrapartida, tem seus momentos dramáticos que demonstram a complexidade dos personagens. Me parece uma produção que fala com os dois públicos: usa a nostalgia para envolver os adultos e mantém uma linguagem que também alcança as crianças. Se enquadra bem na definição de “pra toda família”.

    O enredo evolui mais pelo diálogo do que pelas canções. Algumas cenas podem parecer perder um pouco o ritmo, não pela cena em si, mas por ser um diálogo maior que vem logo após uma cena muito vibrante.

    Cenário me chamou atenção. Engenhoso, bonito e com cores e estilo que realmente enriquecem a produção. Eu fiquei encantada com as luzes que formam uma tenda sobre a platéia. É um cuidado de levar a produção pra platéia que é difícil de ver.

    Desenho de luz e figurino são muito bem construídos. Um ponto interessante é que o figurino consegue ser harmônico apesar da diferença de estilos e cores que cada personagem exige.

    Há cenas em que tudo isso se alinha de maneira especial, criando imagens visualmente marcantes.

    Pois bem, se você não tem medo de palhaços, vale a pena. É uma comédia sensível, tem graça, tem drama e tem coração. Vá com o olhar atento para os aspectos visuais, os detalhes vão te surpreender.

    PS: ~75 minutos com ingressos acessíveis (especialmente às sextas).

  • O Mágico di Ó

    O Mágico di Ó se destaca pelo seu texto envolvente, que explora o poder das palavras e homenageia o cordel. A produção é simples, mas bem executada, com uma direção impecável e um elenco talentoso.


    Boas produções sempre têm algo que chama a atenção—pode ser a complexidade vocal das canções, um cenário bem elaborado ou coreografias complexas. Em O Mágico di Ó, o grande destaque é o texto (ou livreto, ou a junção de letras e diálogos, como quiser chamar). Ele explora o poder das palavras e da linguagem, provocando emoções e divertindo. Ao mesmo tempo, faz uma bela homenagem ao cordel, esse belo pedaço da nossa cultura cultura tão rico quanto pouco lembrado.

    O Mágico di Ó é uma ótima opção para toda a família. Apesar de inspirado na história infantil, traz uma roupagem diferente que entretém as crianças e, ao mesmo tempo, oferece reflexões e diverte os adultos.

    O cenário, embora simples, cumpre bem seu papel, enquanto figurino e visagismo se destacam—sobretudo no uso da maquiagem que remete ao traço característico do cordel.

    A direção também merece menção: mesmo com recursos limitados de luz e um cenário enxuto, os artistas interpretam, cantam, movimentam elementos de cena e até tocam instrumentos, tudo de forma bem orquestrada e com propósito. É um trabalho que surpreende pela harmonia e pela forma como cada detalhe é pensado.

    Gostei tanto do texto que acabei levando o livro para casa. O elenco é incrível, a produção é simples, mas bem construída. Só vai e me agradece depois.

    Teaser da Produção

  • Memórias Póstumas de Brás Cubas

    Uma excelente oportunidade de redescobrir um clássico literário brasileiro de forma leve e dinâmica. Um monólogo bem construído, capaz de prender a atenção pela atuação dinâmica e criativa. O cenário minimalista, mas engenhoso, demonstra como criatividade não depende de grandes recursos. Uma experiência essencial para quem deseja mergulhar em um clássico brasileiro.


    Algumas experiências são necessárias, e Memórias Póstumas de Brás Cubas se encaixa nessa categoria. É uma excelente oportunidade para redescobrir esse clássico da nossa literatura sob um novo olhar. Vamos ser sinceros: nem sempre valorizamos esse tipo de obra como mereceria, mas esse espetáculo facilita bastante.

    É um monólogo, com todos os desafios que o modelo traz. É muito bem executado e dinâmico, com um ator que consegue ocupar bem o palco e, de vez em quando, caminha entre o público, aproximando ainda mais quem assiste da história.

    O cenário é simples e criativo: um banco em forma de caixão acompanhado de poucos elementos cênicos. O fundo merece destaque, pois traz uma pintura representando o Rio de Janeiro coberta por um tecido escuro, que fica mais ou menos visível dependendo da iluminação. É uma excelente demonstração de que qualidade não vem do complexo e caro, mas da habilidade do time criativo.

    O texto é fiel ao livro, porém com músicas especialmente compostas para a peça. Se você prestar atenção, conseguirá perceber uma diferença sutil entre o estilo da narrativa e as letras das canções – que, aliás, são bem escritas. Um ponto interessante é que, embora seja um musical, ele não possui tantas canções quanto você pode imaginar. Por um lado, fica uma sensação de que poderia ter um pouco mais de música; por outro, é bacana notar a preocupação em manter a fidelidade ao texto original.

    O espetáculo tem o tempo certo pra não chegar a ser cansativo, mas sei que monólogo não agrada todo mundo.

    A peça já teve várias temporadas ao longo dos anos, o que naturalmente comprova seu valor. Por outro lado, parece ter mudado pouco desde que começou (pelo menos pelo que dá para perceber nas fotos e vídeos mais antigos). Em meio a tantas novidades no teatro atual—com cenários elaborados e surpresas no palco—é bom saber de antemão que esta montagem segue um caminho mais simples e “tradicional”.

    De qualquer forma, é um espetáculo que merece ser visto, principalmente se você estiver aberto ao principal objetivo: apreciar uma adaptação criativa e bem realizada de um texto clássico da literatura brasileira.

  • Tom Jobim, Musical


    A produção encanta visualmente com um cenário que remete ao interior de um piano e silhuetas do Rio de Janeiro. O musical brilha pela integração cuidadosa do espírito da bossa nova em todos os detalhes do musical. Além disso, conta com uma coreografia fluida e figurinos bem construídos que adicionam dinamismo e contexto às cenas.

    Assistir Tom Jobim Musical é desfrutar de uma homenagem sincera e bem construída a um grande ícone da música brasileira.


    Fui assistir a Tom Jobim com um viés: queria muito gostar. É bom, mas não é “o que eu esperava”, e expectativa gera frustração. Ainda assim, recomendo a experiência… É uma excelente oportunidade de celebrar a história de um dos grandes nomes da música brasileira.

    Tom Jobim Musical mostra uma sofisticação discreta, criando uma atmosfera que verdadeiramente reflete a essência da bossa nova. A produção é visualmente atraente e tem vocais belíssimos, ou seja, no geral é uma experiência muito agradável.

    Coreografia está irretocável: interessante e bem executada. Sem mais.

    O figurino merece destaque pelo cuidado como retrata os personagens e atenção aos detalhes e contexto da época. Chama atenção especialmente o trabalho feito com o figurino do ensemble. Ele adiciona fluidez e movimento às cenas, enriquecendo visualmente toda a experiência do espetáculo.

    O Cenário é lindo. Ele possui estruturas de madeira que representam a parte interna do piano, enquanto criam a silhueta da cidade do Rio de Janeiro. Tem uma vírgula: um círculo branco que é usado em projeções de algumas cenas. Confesso que achei desnecessário. As projeções cortam a sutileza das cenas com imagens realistas que quebram a elegância e delicadeza da cena sem adicionar um contexto muito relevante.

    Montar um musical sobre músicos é um super desafio, já que as canções originais não foram feitas pensando em uma narrativa teatral. Integrar as músicas de Tom Jobim para contar sua história exige cuidado para respeitar o legado artístico e manter o ritmo narrativo. Dito isso, o roteiro não me envolveu completamente: o primeiro ato, embora bonito, é um pouco monótono. O segundo ato ganha ritmo e é bem mais interessante. Destaque especial para a cena do divórcio, muito bem construída e que mostra claramente como música e narrativa podem caminhar juntas para construir algo único.

    No fim, saí do teatro com a sensação de ter vivido uma experiência agradável. Não é a montagem mais impactante que já vi, mas tem muitos méritos e faz jus à grandiosidade de Tom Jobim.

    Recomendo. 😉

    Tom Jobim Teaser

    Cenografia de Tom Jobim Musical


  • Nossa História com Chico Buarque

    Um musical com força histórica e bela estética – Nossa História com Chico Buarque encanta com uma trama bem construída ao longo das gerações e uma iluminação marcante, mas sua transição entre cenas e músicas nem sempre flui de forma natural.


    Nossa História com Chico Buarque parte de uma premissa interessante: acompanha três gerações de uma mesma família, unidas por um romance central. A trama se desenrola desde o período da ditadura militar até 2022, abordando o contexto político e seus impactos naquele núcleo familiar. Esse recorte traz momentos bem construídos e relevância histórica, o que é um dos pontos fortes da produção. 

    O cenário é funcional e bem pensado, sem excessos. A banda ocupa uma estrutura ao fundo do palco, aparecendo mais como silhuetas do que como elementos visuais diretos. A luz, por outro lado, tem um papel fundamental na construção das cenas, criando atmosferas e transições marcantes. O desenho de luz é muito bom, resultando em belas composições visuais. No geral, a iluminação é mais interessante do que se vê na maioria dos musicais.

    O elenco tem excelentes artistas que se destacam ao interpretar diferentes personagens ao longo da linha do tempo. A caracterização é feita de forma sutil, principalmente através do figurino e mudanças simples, como prender ou soltar os cabelos. Além disso, há um revezamento entre os atores: uma mesma intérprete pode viver a mãe em um momento e, na geração seguinte, assumir o papel da filha, enquanto outra atriz se torna a mãe mais velha. Embora essa escolha tenha sua lógica artística, em alguns momentos pode gerar certa confusão, já que a ausência de uma caracterização mais marcante pode dificultar a diferenciação entre os personagens. 

    Agora o mas… A história é bem escrita e cativante, e as músicas são executadas com excelência. A combinação entre solos, duetos e coros deixa a trilha sonora rica e dinâmica. Mas… a transição entre cenas e músicas nem sempre flui de maneira natural. Há momentos em que a peça parece oscilar entre uma peça e um show, com alguns diálogos que parecem quase forçar a entrada de uma canção.

    O musical não entrou para a minha lista de recomendações. É uma boa produção, só não acredito que funciona pra todo mundo. Se você gosta de Chico Buarque, ou a premissa da história te chama a atenção, há grandes chances de você adorar o espetáculo. Se não, talvez não seja pra você.

    Imagens de Divulgação

    Matéria Sobre a Produção

  • Ray, Você não me conhece

    Ray é uma produção única que explora de forma criativa a vida e o legado de Ray Charles. A produção surpreende com um roteiro bem construído e interessante, e conta com um
    excelente elenco. O resultado é um espetáculo inovador que encanta pela simplicidade e originalidade.


    Ray é uma produção que foge do óbvio, com uma construção criativa e uma execução que surpreende pela autenticidade. Logo nos primeiros minutos, você percebe que está diante de algo diferente. Enquanto eu assistia, pensei: “Isso merecia uma taça de vinho para acompanhar.”

    Inspirada em um livro biográfico, a história começa dias após a morte de Ray Charles, com seu espírito visitando seu filho, que também se chama Ray. O palco se transforma em um espaço de troca entre eles e o público, com narrativas que revelam momentos marcantes da vida de Ray Charles e os desafios de suas relações familiares.

    A produção aposta em dois recursos que costumam fazer sucesso: a quebra da quarta parede e o teatro como tema dentro do próprio roteiro. Em diversos momentos, os atores conversam diretamente com a plateia, criando uma conexão espontânea. Antes mesmo do espetáculo começar, o elenco já está em cena, interagindo de maneira descontraída com quem vai chegando. Há até uma hora em que a cortina do fundo é levantada, revelando a Faria Lima.  A produção entra em cena pra mover os elementos cênicos. Tudo acontece de forma tão natural que dá um charme especial à experiência, fazendo com que ela se destaque pela autenticidade.

    O elenco é ótimo, os figurinos são pensados nos mínimos detalhes e, embora não haja coreografia, a direção de movimento dá ritmo e vida às cenas. Mas o verdadeiro destaque vai para o cenário: estruturas cinzas, que mais parecem enormes blocos de espuma, transformam-se em diferentes ambientes de forma quase simbólica. É simples e, ao mesmo tempo, genial.

    No lugar das tradicionais instalações para fotos, o hall apresenta uma pequena exposição de arte com obras cuidadosamente selecionadas sobre Ray Charles. É um detalhe inesperado que amplia a experiência.

    Pois bem, vá! Vale muito a pena, especialmente por ser diferente… Adoro quando vejo uma produção e penso “isso é novo”.



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  • Sonho Encantado de Cordel

    Uma dessas histórias onde a força da amizade supera qualquer obstáculo, com um toque encantador de brasilidade que cativa o público. O espetáculo se destaca pela explosão de cores, contando com um cenário simples e um roteiro descomplicado. Tem um foco infantojuvenil, mas funciona para todas as idades.


    Sonho Encantado de Cordel é uma daquelas coisas que aquecem o coração. Leve, divertida e com uma pureza encantadora. É aquela história gostosa de se ver, o clichê que funciona, onde a força da amizade supera qualquer obstáculo.

    O cenário não é muito elaborado, compondo o ambiente com projeções e elementos simples (e com um acabamento que deixa um pouco a desejar). Os figurinos chamam a atenção! São belos, bem elaborados, com exceção do Netuno, que me pareceu um pouco fora do tom. Mas, tirando isso, tudo é bem pensado e construído.

    A trama? Uma graça! Acompanhamos Rosa Cordelista em uma jornada ao lado de Hans Christian Andersen, numa espécie de “origem” dos seus contos clássicos. Tem reis, sereias, bruxa má e um reino encantado. Embora seja claramente voltada para o público infantojuvenil, a história cativa qualquer faixa etária.

    O que mais me encantou foi a explosão de cores e o dinamismo. A narrativa flui com rapidez, mantendo o interesse com vários núcleos, mesmo sendo um roteiro simples.

    E com aproximadamente 70 minutos, o espetáculo é ótimo para quem busca uma experiência divertida sem comprometer o resto do dia.

    Agora a pergunta mais complicada… Recomendo para adultos sem crianças? Talvez! Se você é do tipo que ama assistir todos os musicais, vá em frente, vai curtir. Se busca algo leve, rápido, uma distração gostosa com uma história fofinha, também vale a pena. Mas, se está esperando um musical “tradicional” ou uma trama mais complexa, esse talvez não seja o espetáculo ideal para você.


    Trecho da Sinopse
    A história gira em torno de Rosa Cordelista, uma jovem determinada que, apesar da desaprovação de sua mãe, sonha em se tornar uma grande cordelista. Movida pela força de sua imaginação, Rosa é transportada em um sonho mágico para um universo encantado, onde encontra o lendário Hans Christian Andersen. Juntos, eles embarcam em uma jornada emocionante, repleta de personagens míticos dos contos de fadas do autor.

    Fotos de Divulgação

    Playlist da Produção


    Palco em Pauta

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  • Martinho, Coração de Rei

    Com uma abordagem inovadora, o espetáculo transforma a vida de Martinho da Vila em um desfile rico em simbolismo cultural. O espetáculo combina um roteiro dinâmico e uma coreografia vibrante, criando uma experiência imersiva e emocionante.


    Um texto bem construído, uma coreografia rica, e referências africanas bem incorporadas. Martinho é definitivamente uma experiência única e empolgante.

    Quando entrei no teatro, confesso que sabia pouco sobre Martinho da Vila. Eu tinha alguns trechos de músicas na cabeça, que sendo bem honesta, não lembro o porquê… Acho que é uma dessas coisas que você aprende quase por osmose de ouvir em diferentes momentos da vida. Saí uma grande admiradora da história e do artista Martinho da Vila.

    A produção é impecável, ponto. Sem mas, sem “poderia ter também”, apenas impecável. Vamos falar dos dois aspectos que mais me encantaram.

    O roteiro é muito bem construído. A história por vezes evolui de uma forma não linear, o que traz um dinamismo interessante e cada cena vira uma nova peça do quebra-cabeça. Com referência à um desfile de escola de samba, cada cena é uma “ala” repleta de referências e bem delimitada que conta um trecho da vida de Martinho. Além disso, a história abraça o teatro como parte do roteiro, referenciando artifícios teatrais e trazendo uma informalidade que gera uma cumplicidade maior com a platéia.

    A coreografia é linda, complexa, dinâmica e com muita referência do samba e de danças africanas. Todo o elenco é composto por excelentes bailarinos, então não existe uma separação entre os que cantam e os que dançam, ou cenas de canto com uma coreografia simplificada. Tudo é muito harmonioso e emocionante. 😍

    Obviamente a produção termina com uma roda de samba onde todos são convidados a cantar e dançar.

    É nítida a qualidade artística empregada pra homenagear esse ícone da nossa cultura. Ou seja, parada obrigatória pra todos aqueles que apreciam cultura.


    Fotos de Divulgação

    Divulgação do Musical


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